segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

The Rocky Horror Picture Show

THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW – COMÉDIA/MUSICAL – 1975 (EUA)

De Jim Sharman

O que filmes antigos de terror, Susan Sarandon com 20 e poucos anos, e musicais têm em comum? Eles podem ser mesclados em um filme dos anos 70 e surgir o musical mais Cult da história do cinema, o The Rocky Horror Picture Show. Sem título brasileiro - ainda bem, pois imagino que a versão tupiniquim do título não chegaria aos pés - o musical começou como uma peça de teatro nos Estados Unidos. A partir daí resolve-se fazer um filme. Ok, vamos aos personagens? Um travesti, um casal recatado (Aí que a famosa Susan entra), um mordomo corcunda, um narrador indescritível e muitos outros tipos que você não veria por aí, exceto na Augusta com a Paulista.


Apesar de abominar sinopses, elas são necessárias - é só saber não avaliar um filme apenas pela sinopse. A história do filme é basicamente um casal que acaba com o pneu furado na estrada e procura abrigo na casa mal assombrada do Dr. Frank-N-Furter, um travesti alienígena. Quando entram na casa, como todo musical, as pessoas começam a cantar e dançar do nada. Mas a diferença é que se trata de uma convenção de pessoas muito estranhas. Mais tarde o casal descobre que o Dr. Frank-N-Furter realizava sua mais bizarra experiência, a criação de um homem loiro, sarado, e claro, burro, para satisfazer seus desejos sexuais. Pronto, a sinopse acaba aí. A partir daí é com você, telespectador de filmes alternativos e que não tem medo de ver um filme que chocou seu público e foi fracasso de bilheteria, justamente pela audácia e polêmica. Poucos são criativos, engraçados e irreverentes, como essa pérola, lançada na Inglaterra em 1975, fato que vale a pena sempre lembrar.

Rocky Horror Picture Show, apesar de antigo, é rico em cores e semiótica, ou seja, símbolos usados no filme. Por exemplo, o nome Dr Frank, assim como suas experiências de criar criaturas, são referências ao famoso Frankestein, romance de terror gótico de autoria de Mary Shelley, publicada oficialmente em 1931. Referências a Flash Gordon e King Kong também podem ser notadas logo na música inicial do filme, onde uma boca canta a música que mais ficou famosa no teatro, “Science fiction”.

Uma comparação, talvez bem sucedida, seria ao atual Todo mundo em pânico (Scary Movie - 2000). O filme também é uma sátira aos filmes de terror, teve grande sucesso no mundo todo e já rendeu quatro versões da série. Mas apesar de render ótimas risadas perde em várias vertentes ao Rocky Horror, que apresenta um enredo mais interessante e incomum, e dispõe de sátiras mais sutis. Sem mencionar seu valor de “clássico” entre os alternativos adoradores de cinema.


Mais informações sobre Rocky Horror Picture Show só valem mesmo vindas do próprio filme. Destaque ao DVD com extras que explicam em detalhes como surgiu o filme, a peça e tudo relacionado a ele. Uma boa curiosidade mencionada nos extras é que os seguidores do musical se vestem a caráter em convenções de Rocky Horror. Então faz dancinha faz! (piada interna para quem viu o filme).

Ficha técnica:

Título Original: The Rocky Horror Picture Show
Gênero: Musical
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 1975
Estúdio: 20th Century Fox
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Jim Sharman
Roteiro: Jim Sharman e Richard O'Brien, baseado em peça teatral de Richard O'Brien
Produção: Michael White
Música: Peter Suschitzky
Desenho de Produção: Brian Thomson
Direção de Arte: Terry Ackland-Snow
Figurino: Sue Blane
Edição: Graeme Clifford

Elenco:
Tim Curry (Dr. Frank-N-Furter)
Susan Sarandon (Janet Weiss)
Barry Bostwick (Brad Majors)
Richard O'Brien (Riff Raff)
Patricia Quinn (Magenta)
Nell Campbell (Columbia)
Jonathan Adams (Dr. Everett Von Scott)
Peter Hinwood (Rocky)
Meat Loaf (Eddie)
Charles Grey (Criminologista)
Jeremy Newson (Ralph Hapschatt)
Hilary Labow (Betty Munroe)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Sem você a emoção de hoje seria a pele morta do passado

A frase acima é oriunda de um texto de Hipólito, um escritor fracassado frequentador do Deux Molines, um café parisiense onde nossa protagonista trabalha e sintetiza tudo sobre o filme.

Amélie Poulain, nossa protagonista, é uma jovem de 23 anos com um pequeno desvio comportamental(e um tanto lunática). Por ter dificuldades de relacionamento, ela prefere viver cuidando da vida dos outros anonimamente, certificando-se de fazer o bem a todos.

Tudo começa quando Amélie fica sabendo da morte de Lady Di. Nesse momento, ela derruba a tampa de seu perfume na parede de seu apartamento. Acha dentro da parede um "tesouro" enterrado, pertencente a Dominique Bretodeau, que o colocou lá quando criança. Ela decide entregá-lo ao dono e caso isso faça alguma diferença na vida dele, ela irá fazer o bem a todos.

As cores e a impecável trilha sonora ditam o tom de cinema europeu e a magia encantadora que esse universo nos mostra. É realmente muito bonito ver nossa heroína descrever a um cego tudo o que acontecia à sua volta, fazendo com que, de forma poética, ele "enxergasse" as cores novamente. Ou roubando o gnomo de seu pai para que sua amiga aeromoça levasse ele pelo mundo, tirando fotos e mandando-as para a casa do sr Poulain numa tentativa de convencê-lo a aproveitar os dias.

Também conhecemos a protagonista e embora ela goste de fazer o bem a todos, quando se trata dela mesma, ela não tem coragem de viver. Por isso, ela começa um jogo com Nino, um rapaz que coleciona fotos 3x4 dessas de máquinas instantâneas.

À medida em que ela faz o jogo e o seduz, o espectador também se apaixona pela protagonista e vai mais além. Quem não se identifica com ela no momento em que, pensando estar tudo perdido, ela imagina Nino saindo de sua casa para comprar fermento, voltando e mexendo nas cortinas da cozinha. Naquele momento ela se enche de esperanças até ser jogada de volta à realidade com o gato mexendo nas cortinas da cozinha. A decepção da personagem, sabendo que por culpa dela, estava tudo "perdido" é maravilhosa e, torno a dizer, não há como não se identificar com ela.

Por fim, um filme poético, descompromissado e que te faz crer que a vida ainda é boa. Esse é O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

Ficha técnica

Título Original: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (França): 2001
Site Oficial: www.amelie-themovie.com
Estúdio: Le Studio Canal+ / Filmstiftung Nordrhein-Westfalen / France 3 Cinéma /

La Sofica Sofinergie 5 / MMC Independent GmbH / Tapioca Films / Victoires

Pictures
Distribuição: Miramax Films
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Roteiro: Jean-Pierre Jeunet e Guillaume Laurant
Produção: Jean-Marc Deschamps
Música: Yann Tiersen
Fotografia: Bruno Delbonnel
Desenho de Produção: Aline Bonetto
Direção de Arte: Volker Schäfer
Figurino: Madeline Fontaine e Emma Lebail
Edição: Hervé Schneid
Efeitos Especiais: Duboi

Elenco:
Audrey Tautou (Amélie Poulain)
Mathieu Kassovitz (Nino Quincampoix)
Rufus (Raphael Poulain)
Yolande Moreau (Madeleine Wallace)
Artus de Penguern (Hipolito)
Urbain Cancelier (Collignon)
Maurice Bénichou (Dominique Bretodeau)
Dominique Pinon (Joseph)
Claude Perron (Eva)
Michel Robin (Pai de Collignon)
Isabelle Nanty (Georgette)
Clotilde Mallet (Gina)
Claire Maurier (Suzanne)
Serge Merlin (Dufayel)
James Debbouze (Lucien)
Lorella Cravotta (Amandine Poulain)
Flore Guiet (Amélie Poulain - 8 anos)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

BACK TO THE FUTURE


Oi! Ajudando a erguer esse blog, prazer... Sá.


Agora que tenho um tempo livre após uma semana agitadíssima posso comentar sobre um dos meus filmes prediletos. De volta para o Futuro (back to the Future).










Informações Técnicas


Título no Brasil: De Volta Para o Futuro


Título Original: Back To The Future


País: EUA


Gênero: Ficção


Tempo de Duração: 116 minutos


Ano de Lançamento: 1985



Elenco:

Michael J. Fox .... Marty McFly
Christopher Lloyd .... Dr. Emmett "Doc" Brown
Lea Thompson .... Lorraine Baines / Lorraine McFly
Crispin Glover .... George McFly
Thomas F. Wilson .... Biff Tannen
Claudia Wells .... Jennifer Parker
Mark McClure .... Dave McFly
Wendie Jo Sperber .... Linda McFly
George DiCenzo .... Sam Baines
Lee McCain .... Stella Baines
James Tolkan .... Sr. Strickland


O Jovem Marty Mcfly, de dezessete anos, é chamado pelo seu amigo cientista Dr. Emmett L. Brown, ou Doc, para ver sua mais nova invenção, uma máquina do tempo.
Para montar essa máquina do tempo Dr. Brown utilizou um DeLorean (um carro esportivo de 1981) e um circuito de tempo por um capacitador de fluxo. Como necessitava de muita energia para funcionar, Dr. Brown utilizou plutônio como combustivel, o qual ele roubou de um grupo de terroristas libios que tinha convocado o doutor para a construção de uma bomba.
Os libios acabam por fim descobrindo que foram enganados pelo doutor, e o encontram junto a Marty utilizando de seu plutônio. Dr. Brown é baleado, e Marty para escapar utiliza a máquina do tempo que estava programada para o ano de 1955, ano em que o doutor teve um acidente enquanto pendurava um quadro, e quando este caiu em sua cabeça deu-lhe a primeira visão da máquina do tempo.

Preso em 1955, Marty precisa encontra o Dr. Brown dessa época para que o ajude a regressar a 1985. Acidentalmente, Marty tromba com seu pai George, na lanchonete e altera a história do primeiro encontro de seus pais.
Quando Marty encontra Dr. Brown, juntos montam uma maneira de fazer o DeLorean voltar a 1985. É quando Marty se lembra do raio que fez o relógio da torre na praça parar de funcionar, usariam então desse raio para fazê-lo regressar.
Ele tem somente até o dia do baile, lugar onde seus pais começam a namorar, para fazer com que os dois se apaixonem e regressar para sua época através do raio que cai na torre.
Ainda para dificultar as coisas, Biff, um valentão que sempre costumava azucrinar a vida do pai de Marty, sempre tenta conquistar o coração de Lorraine, mãe de Marty.
Marty tem que correr contra o tempo, ou sua existência será apagada.




Prêmios

Oscar 1986 em Melhor Efeito Sonoro, Melhor Canção Original, Melhor Som e Melhor Roteiro Original.

Globo de Ouro 1986: Recebeu quatro indicações nas categorias de Melhor Filme em Comédia / Musical, Melhor Ator em Comédia / Musical (Michael J. Fox), Melhor Roteiro e Melhor Canção (The Power of Love).

Premi David di Donatello 1986 (Itália)
Venceu nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro - Filme Estrangeiro.



Curiosidades

O ator inicialmente contratado para interpretar "Marty McFly" foi Eric Stoltz (Pulp Fiction e Efeito Borboleta), que chegou a gravar algumas cenas como o personagem. Entretanto os produtores consideraram que Stoltz não convenceria como um adolescente nas telas e Stoltz foi substituído por Michael J. Fox.


Fox sempre foi a primeira opção para o papel de Marty. No entanto seus compromissos com a série Family Ties o impediram de ser contratado inicialmente. Quando Eric Stoltz não foi aprovado, os produtores mais uma vez insistiram em tê-lo para o papel principal do filme e conseguiram um acordo com Fox e a NBC, que exibia a série. Na época o ator chegou a cumprir dupla jornada, durante o dia gravando Family Ties e à noite Back to the Future.

O ator Crispin Glover (George McFly) foi cortado das continuações porque, após o sucesso do primeiro filme, queria receber um cachê que segundo a produção era maior que o de Michael J. Fox. Assim o roteiro foi mudado e o personagem não aparece (pois foi morto numa realidade alternativa do tempo)

O filme foi lançado em DVD com imagem e som totalmente remasterizados, vários bônus (cenas cortadas e erros de gravação) e redublada (que decepcionou muitos fans).

Vale a pena conferir, e se curtir assita também a sequência, onde Marty e sua namorada Jennifer devem livrar seu filho de problemas, e acabam se metendo em um maior ainda.


É isso, até breve o/

domingo, 16 de novembro de 2008

Pretty Persuasion (Garotas Malvadas)

Fui chamado pela Michele pra participar aqui do blog e cá estou eu, meu nome é Sergio e não quero falar muito de mim, e sim ir direto ao assuntos filmes.

Primeiro filme que escrevo aqui no blog é um dos meus preferidos, Garotas Malvadas.

Garotas Malvadas – Comédia (Pretty Persuasion, EUA, 2005)

de Marcos Siega

Kimberly (Evan Rachel Wood) é uma adolescente rica e mimada que mora em Bervely Hills. Junto com suas amigas, Brittany (Elizabeth Arnois) e Randa (Adi Schnall), armam um plano para acusar seu professor de literatura e teatro, Percy (Ron Livingstone), de assédio sexual. Seus motivos? Fama e vingança. A partir de uma repórter decadente, Emily (Jane Krakowski), a história torna-se pública e polêmica.

Kimberly manipula a todos no filme. Sua personalidade é de uma sociopata. A inocente Randa, que veio para os EUA atrás de novas oportunidades encontra a sabedoria das megeras de high school americano. E sua amiga Brittany é simplesmente uma menina burra que acredita nas verdades de Kimberly. O mais interessante é ver a menina de 15 anos manipulando a todos com sexo e inteligência, uma referência talvez ao famoso Segundas Intenções (Cruel Intentions, 1999).

Na verdade o longa foi desenvolvido como uma sátira a filmes do gênero de intrigas adolescentes. E, em minha opinião, supera a todos os blockbusters da vida. O fato de representar uma sátira sugere que interpretações e cenas exageradas e beirando ao dramalhão fazem parte do tipo de humor. É uma boa saída transformar a falta de recursos financeiros em trash proposital.

O filme se perde, acredite ou não, pelo título em português “Garotas Malvadas” que é facilmente confundido com o mais atual Meninas Malvadas (Mean Girls, 2004), sucesso com Lindsay Lohan. Não sei o que se passa na cabeça das empresas de tradução, mas essa similaridade entre os títulos desencadeia em várias comparações desnecessárias entre os dois filmes, sendo que um pouco se parece com o outro. Meninas malvadas é mais leve e menos sarcástico, apesar de também ser uma sátira ao gênero.

O filme nunca chegou aos cinemas, mas eu insisto que deveria. Evan Rachel Wood em sua glória. Diálogos excelentes e irônicos. Um humor tão negro e ácido como nunca se viu.

Como a protagonista Kimberly mesma diz: “É como se o mundo fosse uma orquestra e eu o maestro”. Creio que essa frase resuma o filme. Ela manipula as vidas dos que estão em volta. Ela é odiada e amada por seu brilhantismo. E o próprio diretor manipula essa personagem a ponto de a adorarmos, pelo menos os telespectadores mais sádicos. Kimberly se identifica com um garoto que saiu atirando pela escola em Bel-lair, pela frieza e ódio pelas outras pessoas. Mas mesmo Kimberly tem a velha desculpa de família problemática. Pai louco e mãe ausente. Freud explica.

Garotas Malvadas, tecnicamente, é genial e tosco ao mesmo tempo. Cortes secos humorizam e o zoom rápido (recurso que não se usa há muito tempo), no rosto de Kimberly na cena final, só é perdoado por ser uma sátira de vilãs de filmes antigos.

“I never could give up men, because I like cock too much, but sometimes I Just need a woman´s touch”. Kimberly Joyce.


Ficha técnica:

» Direção: Marcos Siega
» Roteiro: Skander Halim
» Gênero: Comédia/Drama
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 104 minutos
» Tipo: Longa

Elenco:

Evan Rachel Wood

Stark Sands

Adi Schnall

Elisabeth Harnois

Jane Krakowski

Jaime King

James Woods

Ron Livingston

Selma Blair

Danny Comden

sábado, 15 de novembro de 2008

Antes do pôr-do-sol

14 horas é o tempo que eles passaram juntos. Tempo este que pra sempre mudaria suas vidas. Antes do amanhecer(Before Sunrise) é um filme clássico pela ingenuidade dos personagens, que sozinhos seguram o filme de forma envolvente. À medida que vamos nos apaixonando pelo filme, eles vão se apaixonando também. Jesse é um americano e Celine uma francesa. Eles se encontram no trem que saiu de Budapeste e conversam. Decidem por descer em Viena e lá passam um dia. Mas no dia seguinte eles precisam voltar para suas casas, mas não sem combinar de se encontrarem dali a seis meses em Viena. O filme de 1995 deixa as coisas muito ambíguas. E num caso muito raro em Hollywood, todo o elenco e produção envolvidos retornou para o segundo filme.

Nove anos depois, em
Antes do Pôr-do-sol(Before Sunset), Jesse é um escritor famoso. Seu livro conta a história das tais 14 horas com a garota francesa. E ele está em Paris para uma leitura do filme. Para sua surpresa, Celine aparece na livraria. E se no primeiro filme, eles mostram em 2 horas tudo o que aconteceu naquela noite, dessa vez o filme se passa em tempo real. Eles têm uma conversa franca pelas ruas de Paris em 90 minutos. E é esse o tempo que têm para contar como os anos foram para eles. Descobrimos também quem foi a Viena e quem não foi.

Ethan Hawke e Julie Delpy não são estrelas de primeiro escalão de Hollywood. Às vezes protagonizam um filme, mas não são nomes de peso. O primeiro filme não fora um sucesso de bilheteria, então para que uma sequencia? Segundo o diretor e autor do roteiro, Richard

O primeiro roteiro foi escrito por Linklater sozinho, mas no segundo Hawke e Delpy co-escreveram. Isso deixou os personagens ainda mais parecidos com eles mesmos. Hawke na época estava em meio ao divórcio com Uma Thurman, e passou isso à seu personagem. Jesse é agora um homem casado e infeliz.

As filmagens duraram quinze dias e seu orçamento foi baixo, US$2.000.000,00. Esse roteiro demorou nove anos a ser escrito e foi indicado a um Oscar.

Mas o que torna Antes do Pôr-do-sol tão especial? Exatamente o que o une e ao mesmo tempo o diferencia de sua origem. No primeiro filme, os personagens eram jovens, idealistas e cheio de sonhos e esperanças. No segundo, estão maduros, desiludidos mas ao mesmo tempo continuam idealistas e tentando fazer o certo. No fim é isso, o filme é mais maduro porque os personagens cresceram. Mas não deixaram nunca de se amar. Jesse enfrentou o fantasma de Viena ao escrever o livro. Celine se fechou para o mundo. Escreveu uma valsinha(que ela diz ser sobre todos os ex-namorados dela) e desde então, não consegue manter um namorado fixo.

O final é surpreendente, e mais uma vez aberto às suas próprias conclusões, como o cinema em geral deveria ser. Afinal, o cinema é uma experiência própria. Cada um tem as suas impressões e conclusões. Em geral, tanto Antes do Amanhecer como Antes do Pôr-do-sol são experiências únicas e que valem a pena serem vistas.
Para Linklater, os fãs de Antes do Amanhecer são fãs devotos e apaixonados. E merecíamos saber o que houve com nossos protagonistas.


Informações sobre o filme:

Dirigido por:
Richard Linklater
Escrito por:
Richard Linklater, Kim Krizan, Etahn Hawke e Julie Delpy
Elenco:
Ethan Hawke .... Jessie
Julie Delpy .... Celine
Diabolo .... Philippe
Louise Lemoine Torres .... jornalista
Rodolphe Pauly .... jornalista
Vernon Dobtcheff .... dono da livraria
Mariane Plasteig .... garçonete

Filme de 2004.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A mais bela história de amor já contada

Bom, começar o blog sem falar do meu filme favorito seria no mínimo estranho. Então, vamos a ele.

Um conto escrito por Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont transformado em clássico da Disney, A Bela e A Fera(Beauty and the Beast) conta a história de Bela(Belle no original), uma jovem camponesa que sente que a vila onde mora não é o sue lugar. Um pouco mais velha que as outras princesas Disney, Bela é além de linda, muito culta, o que causa estranhesa nos moradores da vila. Filha de Maurice, um inventor tido como louco por todos, ela é cortejada por Gaston, rapaz muito bonito mas nada inteligente.

Um dia Maurice vai à uma feira de invenções e se perde no caminho. Ao se perder, acaba invadindo um castelo, que depois ele descobre ser encantado. O dono do castelo o aprisiona. A Fera costumava ser um principe muito bonito(seu nome era Adam, mas isso não é dito no filme), mas extremamente egoísta e guiado apenas pelas aparências. Um dia o príncipe recebe a visita de uma velha camponesa. Horrorizado com a feiura da velha, o princepe a manda embora. Ela se transforma em uma feiticeira e amaldiçoa a ele, transformando-o em uma fera horrenda, a todos os moradores do castelo, que se tornariam objetos. O feitiço somente seria quebrado se na época do cair da vigésima primeira rosa, o príncipe aprendesse a amar e fosse amado em retorno.

Bela vai atrás de seu pai e troca de lugar com ele, se tornando a prisioneira. Lá, ela conhece Lumiére, o candelabro; Orloge, o relógio; Madame Samovar e seu filho Pip, a chaleira e a xícara. Os objetos são a graça do filme. Durante sua estadia no castelo, Bela tenta fugir e quase é morta por lobos, não fosse a Fera a salvá-la. Com isso ela se vê forçada a voltar.

O tempo no castelo passa e a Fera aprende a ser mais gentil com Bela. E até mesmo a amá-la. Mas na vila, Maurice espalha para todos sobre a Fera e depois fica muito doente.

A noite do baile é uma das sequencias mais bonitas do filme. Começa com a música Humano Outra Vez, cantada pelos objetos da casa ao limpar o salão e depois tem a música A Bela e a Fera, cantada pela própria Madame Samovar. E é durante essa dança que eles percebem estar apaixonados. A Fera mostra a Bela seu pai e depois a liberta. Bela vai ao encontro de seu pai. Gaston armou uma emboscada para Bela, para que ela aceite casar-se com ele. Mas ela prova que seu pai não é louco e com isso, Gaston amedronta a população, que vai ao ataque do castelo.

Os objetos ganham a disputa com os humanos, mas Gaston e a Fera estão lutando quando Bela consegue chegar. É nesse instante que Gaston fere a Fera mortalmente e cai do topo do castelo, morrendo ele também. E quando tudo parece estar perdido, e a última pétala da rosa cai, os amantes se declaram. Uma chuva de cores toma conta do cenário e a Fera se transforma no príncipe novamente. Com isso, eles se casam e vivem felizes para sempre.

No livro original, Bela tinha dois irmãos e duas irmãs e a Fera aprisiona Maurice porque ele entra no jardim para pegar uma rosa para Bela. Esta foi uma das poucas histórias sem vilões(a não ser que você considere Gaston um vilão, coisa que eu não considero). Também foi a que menos adaptações sofreu do livro para o desenho.

Curiosidades sobre o filme:
-A música “Seja nossa Convidada” foi animada com Maurice (e não Bela) como o convidado. Depois decidiram mudar para Bela, pois era uma música bonita demais para ser gasta com um coadjuvante.
-Segundo o animador Glen Keane, a aparência da Fera é calcada na juba de um leão, a cabeça e barba de um búfalo, as presas e focinho são de um javali, a testa musculosa de um gorila, as pernas e cauda de um lobo, e o corpo de um urso.
-Na cidade onde vive, Bela é a única que usa roupas com a cor azul. Esta característica foi criada para ressaltar ainda mais o quanto ela era diferente dos demais moradores da localidade. Mais tarde, Fera também se veste de azul.
-Originalmente, Zip tinha só uma fala no filme, mas os produtores gostaram tanto de sua voz que decidiram que ele deveria ter mais participações na história.

Agora, opinião de fã. Esta é a mais bela história de amor já contada e ensina a nunca olhar somente o exterior, a nunca olhar somente as aparências, pois elas enganam. A Fera era feia, mas tinha um coração lindo e Gaston era lindo, mas muito egoísta.

É isso... Primeiro texto ainda cru, mas melhor do que nada.

Curiosidades retiradas do site: A Bela e A Fera Brasil.

Eu realmente não sou boa com títulos

Bom, primeiro texto no blog costuma ser para explicar as coisas ?

Então, vamos lá... Meu nome é Michele, tenho 20, blá blá blá. Esse não é um blog pessoal. Na verdade, decidi criar o blog por gostar muito de cinema. Queria fazer algo simples voltado pra isso. Então, pesquisando info em um dos meus filmes favoritos pensei comigo mesma "Porque não fazer um blog com resenhas cinematográficas? Não todas, é claro! Só dos filmes que eu gostar mais." Tive apoio de amigos e decidi seguir em frente. Bom, assim nasceu o Pipoca, cobertor e DVD. Besta, eu sei, mas nem sempre o começo é glamuroso.

Comigo nesse blog temos o LoiRo, do Blog do Loiro e a Sá, uma amiga nossa. E juntos escreveremos sobre os filmes que mais gortarmos.

Aos poucos vamos ajeitando as coisas aqui, mudando layout e tudo o mais.

Beijão e espero que gostem!